segunda-feira, junho 01, 2009

MOVIMENTO PELA IGUALDADE

no acesso ao casamento civil entre pessoas do mesmo sexo

A igualdade no acesso ao casamento civil é uma questão de justiça que merece o apoio de todas as pessoas que se opõem à homofobia e à discriminação. Partindo da sociedade civil, a luta pelo acesso ao casamento para casais de pessoas do mesmo sexo em Portugal conta neste momento com um crescente apoio político e social. Nós, cidadãos e cidadãs que acreditamos na igualdade de direitos, de dignidade e reconhecimento para todas e todos nós, para as/os nossas/os familiares, amigas/os, e colegas, juntamos as nossas vozes para manifestarmos o nosso apoio à igualdade.

Exigimos esta mudança necessária, justa e urgente porque sabemos que a actual situação de desigualdade fractura a sociedade entre pessoas incluídas e pessoas excluídas, entre pessoas privilegiadas e pessoas marginalizadas; Porque sabemos que esta alteração legal é uma questão de direitos fundamentais e humanos, e de respeito pela dignidade de todas as pessoas; Porque sabemos que é no reconhecimento pleno da vida conjugal e familiar dos casais do mesmo sexo que se joga o respeito colectivo por todas as pessoas, independentemente da orientação sexual, e pelas famílias com mães e pais LGBT, que já são hoje parte da diversidade da nossa sociedade; Porque sabemos que a igualdade no acesso ao casamento civil por casais do mesmo sexo não afectará nem a liberdade religiosa nem o acesso ao casamento civil por parte de casais de sexo diferente; Porque sabemos que a igualdade nada retira a ninguém, mas antes alarga os mesmos direitos a mais pessoas, acrescentando dignidade, respeito, reconhecimento e liberdade.

Em 2009 celebra-se o 40º aniversário da revolta de Stonewall, data simbólica do início do movimento dos direitos de lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros. O movimento LGBT trouxe para as democracias - e como antes o haviam feito os movimentos das mulheres e dos/as negros/as - o imperativo da luta contra a discriminação e, especificamente, do reconhecimento da orientação sexual e da identidade de género como categorias segundo as quais ninguém pode ser privilegiado ou discriminado. Hoje esta luta é de toda a cidadania, de todos e todas nós, homens e mulheres que recusamos o preconceito e que desejamos reparar séculos de repressão, violência, sofrimento e dor. O reconhecimento da plena igualdade foi já assegurado em várias democracias, como os Países Baixos, a Bélgica, o Canadá, a Espanha, a África do Sul, a Noruega, a Suécia e em vários estados dos EUA. Entre nós, temos agora uma oportunidade para pôr fim a uma das últimas discriminações injustificadas inscritas na nossa lei. Cabe-nos garantir que Portugal se coloque na linha da frente da luta pelos direitos fundamentais e pela igualdade.

O acesso ao casamento civil por parte de casais do mesmo sexo, em condições de plena igualdade com os casais de sexo diferente, não trará apenas justiça, igualdade e dignidade às vidas de mulheres e de homens LGBT. Dignificará também a nossa democracia e cada um e cada uma de nós enquanto cidadãos e cidadãs solidários/as – e será um passo fundamental na luta contra a discriminação e em direcção à igualdade.

Para assinar a petição:

http://www.igualdade.net/http://

www.petitiononline.com/mpi/petition.html





3 comentários:

Miguel Leite disse...

Bem, ante de mais quero enviar saudações Ré-publicas, cordiais e de calorosa felicitação.
Bem visto as coisas a vossa luta feminista é mais do que digna, é essencial, como Marx dizia, pode-se ver um indice de qualquer sociedade pelo modo como estas tratam as mulheres.
Apenas quero contribuir com o debate, lembro que faltam aqui analisar as circunstÂncias e elementos que podem ser essenciais á vossa luta, que é a nossa luta, Clara Zetkin, Simone Beauvoir, Rosa Luxemburgo entre outros representam exemplos de mulheres entre várias outras, mas estas completam algo que existe numa concepção materialistica da história para as mulheres.
Gosto dos vossos artigos, queria ver era estes planos sobre elas discutidos, e não algo mais acessório.
Um grande abraçopara vós.

Miguel Leite disse...

Devo novamente solicitar uma palavra, dado que li os artigos aqui publicados,e desejar a continuidade do vosso blog, e sem qualquer tipo de paternalismo vos dizer que o vosso artigo sobre os movimentos populares da américa, não estão nem preparados ideologicamente, porque os vários movimentos são bastante dispersos, heterogéneos, e com sérias dificuldades ou reticências quanto ao aprofundamento das rupturas.
critico também a vossa ilusão com a Colômbia, pois as farc conduzem uma luta armada, mas falta um partido politico que as apoie indirectamente para facilitar a penetração nos meios urbanos.
E Chavez de acordo que é um bom lider, mas falta-lhe ganhar a convicção de radicalizar o processo bolivariano.
Apenas isso, de resto aprecio e felicito-vos pelos vossos artigos, pela defesa das mulheres, e contra a submissão do ser humano.
Saudações pyn-guynycas.

Unknown disse...

Ola meninas do loureiro...

como estao?
Deixem-me felicitar pela vossa fantastica e tao notória República...

Apresento-me. Chamo-me Noémia. Sou portuguesa, uma jovem universitária:) Estudo em Espanha, Barcelona.

Entrando dentro do mundo feminista por aqui, senti a falta de divulga-lo entre as minhas amigas aí em Portugal.

Esta Páscoa, foi com grande alegria, que passeando aleatoriamente pela velha cidade de Coimbra, descobri a república. Toquei á porta, mas nao deviam estar. que originalidade, que surpresa mais agradável saber do vosso espírito e de todo o arduo trabalho que tem por aí....

Assim, que agora queria tb estar em contacto com voces, partilhar ideias e realiza-las nos dois países, porque ao final este sistema patriarcal nao poderá connosco e com a solidariedade que as mulheres podem ter entre elas e de todos os objectivos que temos pela frente.

Espero que me incluiem nas vossas listas de informçoes, distribuirei o blog pelas minhas amizades e é com enorme prazer que me vou sentindo parte de voces.

Ja agora preguntava se sabem de outras repúblicas feministas por Aveiro, ou Porto, donde estudam as minhas amigas e irma.

Um abraço de amor para todas voces: guapas!

Ah! seguimos lutando.... conto-vos algo: estou casada com uma mulher fantastica de mexico, viva a internacionalizaçao, a diversidade....

e que estupido, que nem em Portugal, nem em México o nosso matrimonio nao tem valor---- que estupidos governos que nos querem controlar... bem, mas sinto que brevemente em Portugal vai deixar de ser assim.. assim que seguiremos lutando...

abraço muito forte

noemia