Conferência dinamizada por Ana Periférica.
O trabalho sexual é um dos mais antigos da história e, ainda assim, não deixa de ser um tabu rodeado de controvérsias e estigmas na nossa sociedade.
O trabalho sexual é um dos mais antigos da história e, ainda assim, não deixa de ser um tabu rodeado de controvérsias e estigmas na nossa sociedade.
Designar alguém como puta não é simplesmente referir-se ao seu trabalho: o significado da palavra carrega muitos outros sentidos, todos eles pejorativos e ofensivos para com a personalidade e o corpo das mulheres, indo muito além da sua atividade profissional.
Ao longo do tempo, a luta por direitos laborais e pelo reconhecimento desse coletivo, na sua maioria composto por mulheres, tem sido uma dura batalha. Esquecidas pelos movimentos de luta por direitos do trabalho, viram-se deixadas na informalidade, obrigadas a organizar-se enquanto a movimento de reivindicação específico.
O tema surge na atualidade com força, principalmente por ter ganho visibilidade em países da América Latina e em Espanha.
O trabalho de associações e coletivos no estado espanhol durante os últimos 20 anos tem exigido bases como o reconhecimento das trabalhadoras por parte da cidadania, atenção às necesidades sanitárias e sociais não cobertas pela administração, a luta contra a exploração e prostituição forçada e, mais importante ainda, fomentar a organização autónoma das prostitutas.
Consideramos assim ser relevante e oportuna a introdução deste debate na sociedade portuguesa de modo a desconstruir a imagem do trabalho sexual e criar um novo entendimento desta área através de relatos em primeira pessoa.
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