quinta-feira, junho 23, 2005

La Repsol prepara asesinato del pueblo U'wa en Colombia

El pueblo indígena U'wa, del occidente colombiano, ha luchado durante
más de una década contra la explotación petrolera en sus territorios
ancestrales. La coherencia y determinación de su postura, y el apoyo que consiguieron tanto en
Colombia como en el resto del mundo, hicieron que la multinacional
norteamericana Occidental Petroleum (Oxy), que tenía los derechos de
explotación, finalmente renunciara a llevar a cabo la extracción.

Desde 2003, la multinacional española Repsol ha obtenido los
derechos de explotación, y está moviéndose muy rápidamente para comenzar lo
antes posible, con el fin de no dar tiempo a organizar una campaña
internacional de apoyo al pueblo U'wa.

Las extracciones petroleras ya han demostrado en otras partes de
Colombia y el mundo que conllevan la destrucción del medio natural, del
que depende la sobrevivencia de los 7.000 indígenas U'wa y de su
cultura y conocimiento ancestrales. Los U'wa consideran el petróleo como parte
integral de la Madre Tierra, y por tanto para ellos es sagrado. Por ese
motivo, han rechazado ofertas millonarias de la multinacional Oxy,
soportado la represión militar (incluyendo bombardeos y asesinatos), y
mantenido coherentemente su cultura y valores de convivencia pacífica y
profundo respeto al medio natural. Saben que la explotación petrolífera
supondría su desaparición como cultura, lo han podido observar en otras
partes de Colombia donde se ha extraído petróleo en zonas habitadas por
pueblos indígenas. Por tanto han anunciado que prefieren una muerte
digna antes que ser destruidos cultural, ecológica y socialmente por la
extracción de petróleo.

Dado que el gobierno colombiano no muestra ninguna sensibilidad
respecto a las demandas del pueblo U'wa, el apoyo internacional es esencial para
su supervivencia. La solidaridad y movilización de diversas
organizaciones sociales de Estados Unidos fue fundamental para lograr
que la multinacional Oxy abandonase el proyecto, y del mismo modo, la
movilización de organizaciones y movimientos sociales en todo el estado
español puede ser uno de los factores decisivos para detener a la
Repsol.

AO BRAVO POVO BOLIVIANO, (...) AOS COMPANHEIROS REVOLUCIONÁRIOS DE TODO O MUNDO"

“Ao bravo povo boliviano;
Aos militantes dos movimentos sociais brasileiro e latino-americanos.
Aos companheiros revolucionários em todo o mundo.”

Comunicado da União Popular Anarquista UNIPA # n º08 – Rio de Janeiro,
Junho de 2005

A crise política iniciada em maio de 2005 na Bolívia se encaminhou no
sentido da formação de uma situação pré-revolucionária. As mobilizações
populares massivas culminaram com o cerco da capital La Paz pelo
movimento
de massas, com o bloqueio das principais estradas do país (paralisado à
circulação de mercadorias e a economia do pais) e renúncia do
presidente
Carlos Mesa; depois com ataques ao Congresso Nacional do País, durante
o
impasse gerado pela sucessão presidencial.
Uma análise teórica de mais uma crise política na Bolívia é necessária.
Esta crise política na Bolívia se apresenta dentro de um ciclo de
crises
provocadas pelo ajuste dos paises latino-americanos aos regimes
econômicos
liberais, impostos pelo imperialismo internacional. O caso da Bolívia
serve para dar duas lições importantes ao proletariado internacional:
1º)
a primeira lição que o povo boliviano nos ensina é o da possibilidade
de
resistência popular as reformas liberais e reversão de certas medidas
desfavoráveis ao povo, impostas pelas forças burguesas e suas aliadas,
através da ação direta de massas, das greves e lutas de rua; 2º) a
segunda, diz respeito as limitações que um movimento de massas sem uma
direção revolucionária guiadas por uma teoria e um programa claros e
bem
definidos.
O povo boliviano demonstra ser um povo guerreiro, com profunda
disposição
para a luta. Sua luta tem sido tão intensa que vem provocando
sucessivas
crises política no país, primeiramente a que levou a renuncia do então
presidente Gonzalo Sánchez de Lozada em 2003 e agora “Guerra do Gás”.
Por
outro lado, e contraditoriamente, apesar da força do movimento de
massas,
da pressão que política que exerce, este movimento não evoluiu, num
primeiro momento, numa direção revolucionária. E isto é extremamente
grave, porque a lógica do sistema capitalista indica que a repressão é
uma
variação proporcional a mobilização popular, o que significa que
conforme
a mobilização de massas cresça, a repressão se ampliará, de maneira a
culminar em uma Ditadura, que teria a missão de destruir os focos de
organização popular.
Neste sentido, é preciso fugir das meras saudações alusivas e analisar
a
crise na Bolívia de um ponto de vista materialista. Indicar quais as
possibilidades e debilidades do movimento de massas diante da atual
crise
política. È isto que faremos a partir do método materialista
bakuninista.

1- Caracterização da Situação e das Alternativas na Bolívia.

Primeiramente, devemos caracterizar a situação social em que a Bolívia
entre meados de maio e o dia 10/06/2005, quando a crise pareceu tomar
uma
definição. Podemos dizer que a Bolívia vive uma situação
pré-revolucionária. Isto porque: 1) existe uma grande mobilização
popular;
2) a economia do país se encontra paralisada devido a tal mobilização;
3)
se abriu uma crise política que levou a renuncia do presidente e a um
vácuo de poder; 4) choques diretos e constantes do movimento de massas
com
os aparelhos repressivos de Estado, polícia e exército.
O atual momento é uma situação pré-revolucionária e não uma situação
revolucionária. Isto porque, até agora o povo ainda não está em armas.
Esta é a única condição objetiva que falta para a formação de uma
situação
revolucionária. As condições subjetivas foram dadas pelo trabalho
político
de mais de 10 anos dos diferentes movimentos organizados de
trabalhadores.
O movimento de massas poderia precipitar por sua ação, a formação da
situação revolucionária (com a tomada de quartéis, por exemplo).
Caso este fator venha a se somar aos demais, uma situação
revolucionária
estará dada. E aí a responsabilidade pela vitória ou derrota do
proletariado boliviano estará nas mãos dos Partidos e Movimentos
Sociais
organizados. E somente uma ação política orientada por uma teoria e um
programa poderão levar à vitória do povo.
Neste momento, podemos dizer que duas alternativas formuladas pelos
movimentos de oposição ao Governo Carlos Mesa e ao Regime Liberal se
apresentam ante o povo boliviano e a história. Uma é a via reformista e
democrático-burguesa, representada pelos movimentos organizados em
torno,principalmente, do MAS de Evo Morales. Outra seria a via
revolucionária, virtualmente possível, mas que não poderíamos indicar a
existência de forças capazes de garanti-las na Bolívia hoje. Este é um
enigma.
A via reformista aponta como solução a convocação de novas Eleições e
de
uma Assembléia Constituinte. Este é o repertório clássico das oposições
democrático-burguesas. Diante de uma situação pré-revolucionária, fica
nítida a função conservadora da proposta reformista que irá desviar as
massas do rumo da tomada do poder.
A via revolucionária indicaria três soluções: 1) a insurreição geral
(modelo da revolução russa de 1917); 2) a guerra popular prolongada
(modelo da revolução chinesa e em parte também da revolução
vietnamita);
3) a guerra de guerrilhas de curta duração (modelo cubano e em parte, o
argelino). O problema é que nem toda situação revolucionária evolui no
sentido da revolução, ela pode retroagir para compromissos
inter-classes
ou mesmo ser dissolvida pela ditadura ou outra forma de repressão
burguesa.
Para que a via revolucionária se consolide, é preciso três condições
básicas: 1) a existência de um Partido Revolucionário ou pelo menos de
uma
Frente Revolucionária (como ensina o caso da Argélia) de atuação
nacional,
que garanta uma estratégia e direção unificada de luta e a
militarização
do movimento popular no momento correto; 2) a existência de um
Movimento
de Massas forte, influenciado por tal partido ou frente; 3) a
formulação
de um Programa, que possibilite a aglutinação das maiorias das massas
para
o assalto ao Poder.
É preciso saber se tais condições existem na Bolívia hoje. E caso não
existam, aí estarão provavelmente as razões dos impasses que o
proletariado boliviano irá enfrentar. O movimento de massas, que a
esquerda mundial deve saudar com entusiasmo, logo estará diante deste
impasse. Será preciso lançar uma ofensiva revolucionária, mas existirão
condições para tal?. Se existirem condições, o caminho preferencial
será o
da insurreição geral e se esta fracassar restará a guerra popular
prolongada. Mas ao que parece tais condições não existem. Um dos
principais líderes da oposição, Evo Morales, do MAS (Movimento ao
Socialismo), tem uma orientação programática reformista. Assim como
importantes organizações populares assinaram o “Pacto de Unidade”,
documento em favor da Assembléia Constituinte. Se aceitou desmobilizar
o
povo com acordo que garantiu a posse de Eduardo Rodríguez, presidente
da
Corte Suprema de Justiça, que irá convocar eleições gerais. A via
seguida
por setores importantes do movimento de massas é a via reformista.
Por outro lado não se pode sentar apaticamente afirmando não ser
possível
fazer nada ou apoiar a via reformista democrático-burguesa. Uma
revolução
não se faz de improviso, mas também não leva o mesmo tempo para ser
preparada que os diamantes levam para se formar. A classe trabalhadora
e
as organizações revolucionárias podem criar pela sua ação consciente e
organizada as condições necessárias à revolução.
Sem as condições indicadas acima, uma Insurreição Geral na Bolívia
teria
poucas chances de sucesso. A Guerra Popular Prolongada, que exigiria a
prévia formação de um exército popular, não se mostraria também viável.
Resta então a possibilidade de uma Guerra de Guerrilhas de Curta
Duração,
que poderia evoluir para uma insurreição geral ou para a guerra popular
prolongada ou para uma forma combinada das três.
A guerra de guerrilhas seria a alternativa mais viável nestas
circunstancias por dois fatores: 1) o caráter predominantemente
camponês
do movimento boliviano; 2) o baixo grau de desenvolvimento militar
necessário para tal; 3) o desgaste e desorganização do Estado
boliviano.
Assim, a melhor alternativa dentro da via revolucionária seria o
“modelo
cubano”, em que a revolução se produziu pela combinação da guerra de
guerrilhas de curta duração com as ações de massas.
Este modelo exigirá a tomada de uma série de medidas: 1º) formação de
um
partido e/ou frente revolucionária; 2º) aplicação de uma política
formação
de quadros políticos e de gestores econômicos; 3º) formação de um
organismo militar clandestino nas cidades; 4º) formação de grupos de
auto-defesa populares; 5º) formação de bases clandestinas no campo, que
servirão como focos guerrilheiros e embriões do exercito popular; 6º)
criação de uma Rede Internacional de Solidariedade (busca de apoio de
movimentos populares na AMÉRICA Latina, especialmente na Colômbia,
Venezuela e Equador); 7º) estabelecer o controle operário-camponês,
como
alternativa a mera “nacionalização”; 8º) formação das Comunas-Sovietes
como organismos de coordenação das lutas e atividades de
produção-circulação que estiverem sob controle proletário, que se
transformarão depois nas unidades territoriais de base do poder
popular. .
Estas medidas visam à formação de um duplo poder na Bolívia: o poder
das
organizações operárias e camponesas existindo em relação de tensão
permanente com o poder de Estado. Visam também ganhar tempo sem perder
espaço, para que o proletariado militante possa organizar suas forças
políticas e militares. Seria uma forma de tentar extrair o máximo da
atual
situação pré-revolucionária vivenciada pela Bolívia, sem incorrer em
precipitações que podem levar a derrota. Esta é a solução mais realista
(segundo o nosso entendimento), sendo pautada na análise da experiência
histórica concreta e nos dados disponíveis sobre a situação boliviana
hoje. Qualquer país que se encontre numa situação similar à da Bolívia
se
defrontaria com os mesmos impasses e alternativas.
Devemos fugir das analises românticas e voluntaristas. A vitória da
revolução boliviana depende de uma correta estratégia. Mas falta ainda
compreender como e por que apesar da formação de uma situação
pré-revolucionária, da força dos movimentos populares, a revolução pode
ser derrotada. Para isso, é preciso analisar a evolução do movimento
proletário, dos partidos políticos e suas principais idéias e
estratégias.

2- Ensinamentos da Bolívia para a Revolução Brasileira e
Latino-americana.

O que a Bolívia já ensinou, e ainda ensinará para o proletariado
brasileiro e latino-americano, é exatamente o grau da força em que o
movimento popular pode alcançar sem apontar necessariamente para a
ruptura
revolucionária. Neste sentido, podemos dizer que caso a situação na
Bolívia evolua para uma guerra civil ou seja contornada por acordos,
ela
nos dá as seguintes lições (que serão discutidas com maior profundidade
teórica em outras ocasiões):

- é preciso que o movimento de massas produza formas de consciência e
organização revolucionárias, que tenham uma teoria e um programa, e que
garantirão a direção revolucionária e a militarização do movimento de
massas no momento de eclosão das situações pré-revolucionarias. Como
afirmou Bakunin, “é necessária a existência de uma organização que
garanta
a direção revolucionária ao proletariado por uma preparação
prolongada”. A
existência de uma organização revolucionária baseada na unidade
teórica,
tática, responsabilidade coletiva e federalismo é fundamental ao
processo
revolucionário, assim como a constituição de um exército
revolucionário.
- caso esta pré-condição não se verifique, o proletariado será
imobilizado
pelas suas próprias contradições e capitulará ou será derrotado pela
repressão da burguesia. A revolução é a guerra, e somente pela guerra é
possível destruir o poder burguês. A burguesia sabe disso. A solução
contra a guerra revolucionaria é a ditadura. No sistema capitalista, a
ampliação da quantidade e qualidade da organização das massas tem como
contra-partida o aumento da organização burguesa. Conforme aumente
polarização social em torno de reivindicações materiais (como acontece
na
Bolívia com relação ao controle do Gás), a solução final sobre os
conflitos de classes somente será dado pela violência. A tendência
então é
que a ditadura seja a solução encontrada pela burguesia, mesmo que uma
“ditadura constitucional”, ditadura disfarçada sob mecanismos
democráticos, como já testemunhamos na América Latina. Quando o
movimento
de massas enfrenta uma situação pré-revolucionária, se ele não dispuser
de
organizações revolucionarias preparadas para tal, a burguesia terá
tempo
de reagrupar suas forças e lançar uma ofensiva para destruir o
movimento
de massas. É isso que a burguesia boliviana tenta fazer ao reunir o
Congresso Nacional em Sucre, e ao deslocar tropas do exército para a
capital do país, La Paz, e fazer acordos para garantir eleições, ao
mesmo
tempo em que Vaca Diéz, do MIR, tenta articular saída “militares”. Os
acordos dão tempo para o Estado boliviano se reorganizar e desarticular
o
movimento popular pela repressão e cooptação.

- uma outra lição, é a que mostra o potencial revolucionário do
campesinato e a importância das contradições étnicas para a luta de
classes. A crise econômica da Bolívia está diretamente ligada à
desigualdade social entre uma massa de camponeses indígenas e uma
burguesia criolla que controla a agroindústria. Na atual etapa do
capitalismo mundial, a América Latina ocupa um lugar periférico na
divisão
internacional do trabalho, uma posição fundamentalmente
agrário-exportadora, como é o caso da Bolívia. As contradições
econômicas
entre burguesia rural e campesinato e proletariado rural ganham
dimensão
estratégica. O caso da Bolívia indica que as nossas análises contida no
documento “A Revolução Social no Brasil” (2004), e “As Reformas do
Governo
Lula e a Tarefas do Proletariado” (2005), pelo menos ainda na atual
conjuntura, estão corretas.

A atual situação da Bolívia merece a atenção do proletariado
internacional. Devemos apoiar, mas também interpretar teórica e
criticamente todos os passos dos movimentos de massas. Esta crise na
Bolívia oferece lições importantes para a revolução brasileira. Também
serve para mostrar a função da teoria bakuninista na elucidação dos
principais problemas da revolução.

Classe Trabalhadora – Nem um Passo Atrás ! O Povo Vencerá !

http://www.unipa.cjb.net

A toda la red de solidaridad con la rebelión zapatista

Querida gente de la red:

Ante los últimos acontecimientos desarrollados en Chiapas más que lo que pueda venir, consideramos la necesidad de vernos y encontrarnos y es por eso que os hacemos una propuesta de encuentro-reunión europea de urgencia. Os enviamos esta carta para tantear esta posibilidad. Os proponemos los días 16 y 17 de julio. Así tenemos tiempo de ver cómo se desarrollan los acontecimientos y un poco de tiempo para discutir, reflexionar y pensar cómo reaccionar, a pesar de la incertidumbre actual. Si no saliera otro lugar que fuera mejor, nos proponemos como lugar de la reunión para facilitar que la propuesta sea firme y viable. Este fin de semana en el encuentro de la Garriga nos veremos gente de más grupos y podemos definir más la propuesta y los contenidos.

Disculpad la urgencia pero entendemos que estamos obligados y que todo el mundo está discutiendo y hablando. Se trata de facilitar un espacio donde podemos intervenir en común.
Esperamos vuestras respuestas. Un abrazo fuerte y hasta pronto. Saludos y suerte.

Col.lectiu de Solidaritat amb la Rebel.lio Zapatista
C/ de la Cera, 1 bis. 08001 Barcelona
tel: 34-93-4422101 y 3290643
fax: 34-93-3290858
email: ellokal@pangea.org
http://chiapas.pangea.org

EZLN explica o motivo do Alerta Vermelho

Chiapas - Adital - O Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN)
divulgou ontem dois novos comunicados sobre os motivos do Alerta
Vermelho
que fechou desde segunda-feira todas as comunidades zapatistas de
Chiapas.
Ontem todas os escritórios e repartições públicas permaneceram fechados
nas comunidades, com exceção dos postos de saúde localizados nos
"Caracoles" (unidades básicas de serviços públicos de cada comunidade).
Segundo comunicado assinado pelo sub-comandante Marcos, datado de 20 de
junho, no primeiro dia da medida, o Alerta Vermelho foi a forma
encontrada
para prevenir ataques das forças governamentais durante a reunião de
avaliação do Comitê Clandestino Revolucionário Indígena-Comandância
General (CCRI-CG) que começou esta semana.

Subcomandante Marcos lembra na sua carta que, em fevereiro de 1995,
quando
o EZLN se encontrava fazendo uma reunião interna, houve um ataque de
parte
das forças governamentais. Ressalta que a traição foi realizada por
Ernesto Zedillo Ponce de Leon, que era o titular do executivo federal e
atualmente é empregado de empresas transnacionais, e Esteban Moctezuma
Barragán, que era secretario de governo e hoje é empregado da Salinas
Pliego. O chefe do EZLN afirma que as tropas insurgentes foram
consultadas
e todos os comandantes/as regionais e locais responsáveis e suas bases
de
apoio concordaram com a decisão preventiva.



Para garantir a segurança, alerta que têm as condições necessárias para
sobreviver a um ataque ou ação do inimigo, no caso o governo, que tente
acabar com a atual direção ou aniquilar as comunidades. Informam ainda
que
as medidas de responsabilidade já foram claramente estabelecidas, assim
como as ações e medidas a serem tomadas no caso de serem agredidos
pelas
forças do governo e seus paramilitares. A direção zapatista comunica
que
estará em condições de continuar dirigindo a luta zapatista, mesmo que
parte ou toda a direção atualmente conhecida seja presa, assassinada ou
desaparecida forçadamente



O zapatista antecipa que, nesta reunião, a direção do EZLN está fazendo
um
reconhecimento do trabalho realizado nos últimos 12 anos de
resistência,
inclusive com "sacrifício, disposição e heroísmo". E o Comitê do EZLN
irá
apresentar um balanço de como está a organização e uma análise da
situação
nacional atual. Segundo os informes, desde a metade do ano de 2002, o
EZLN
entrou em um processo de reorganização de sua estrutura
político-militar,
que já está concluída.



Ressalta, portanto, que será proposto um novo passo na luta: "um passo
que
implica, entre outras coisas, arriscar-se a perder o muito ou o pouco
que
foi conquistado, e que aumente a perseguição e as hostilidades contra
as
comunidades zapatistas". Para tanto, afirma que as bases de apoio, que
compõem a maioria do grupo, serão escutadas com base na palavra
empenhada
em janeiro de 1994, sobre se continuam ou não no ELZN diante do novo
passo
a ser proposto. O passo, porém, não foi divulgado, embora o
subcomandante
garanta que o resultado da reunião interna será informado à opinião
publica nacional e internacional.



Analistas



Desde o anúncio do Alerta Vermelho em Chiapas, são muitas as
especulações
sobre os motivos. Alguns dizem que a nova forma de luta zapatista
anunciada pelo subcomandante Marcos, como um novo passo, poderia
incluir a
saída dos comandantes do território rebelde, convocar a uma mobilização
nacional com a esquerda e ganhar maiores apoios nacionais e
internacionais, o que fortaleceria como uma base política forte para
negociações com o novo governo, a ser escolhido daqui a um ano.



Acreditam que não pode permanecer na mobilização armada já que, com
isso,
a maior parte da sociedade estaria contra ele. O mais viável, nessa
linha,
seriam atividades mais midiáticas, tal como esse Alerta Vermelho e a
consulta nas bases.



Por sua vez, em um comunicado difundido na terça-feira, o Centro de
Direitos Humanos Fray Bartolomé de las Casas mostra-se preocupado com o
agravamento do conflito, pois considerou "tendencioso e perigoso" o
comunicado emitido na véspera do Alerta pela Secretaria de Defesa
Nacional
(Sedena). Diante da declaração da Sedena, sobre haver destruído
plantações
de maconha em três municípios situados dentro da área de influência do
EZLN, que teve a intenção de assinalar a possibilidade de que haja
presença de bases de apoio zapatistas ali, porém seria minoritária e
sua
influência seria mínima. "Nos preocupa que funcionários como Luis
Ernesto
Derbez, Secretário de Relações Exteriores e alguns meios de comunicação
tentem relacionar o narcotráfico ao conflito em Chiapas, uma vez que
isso
o distorce; mais ainda se busca com isso justificar uma escalada de
violência", indicou.



A correlação de forças políticas e sociais na zona responde a outros
atores, que têm maior presença e relevância, agregou a instituição.
Também
denunciou o reposicionamento tático das forças militares no território
chiapaneco, como parte de "uma campanha de guerra vigente; isto é, o
exército não se retira, se reativa". Na nota emitida, o Centro Fray
Bartolomé de las Casas rechaçou a reativação da hostilidade
paramilitar,
particularmente da agrupação Paz e Justicia (Desarrollo Paz y Justicia,
organização indígena campesina priísta da zona Norte, fundada em 1995,
acusada de funcionar como um grupo paramilitar) que, na semana passada,
propiciou o deslocamento de 15 famílias de uma comunidade no município
de
Sabanilla. "Há dois meses foram registradas movimentações do exército
mexicano, o que constitui o maior movimento militar desde a saída das
sete
posições solicitadas pelo EZLN, em 2001".

"Temos informação a respeito de reuniões cada vez mais freqüentes de
Paz e
Justicia na zona norte do Estado", agregou. Em um artigo publicado na
segunda-feira, o subcomandante insurgente Marcos arremeteu contra o que
chamou a "geometria política no México de cima", onde -disse-, reinam
hoje
a indecência, a desfaçatez, o cinismo e a pouca vergonha. O líder do
EZLN
considerou cegado o momento de "começar a lutar para que todos esses
que,
lá de cima, desprezam a história e nos desprezam prestem contas, para
que
paguem".



O Centro Fray Bartolomé de las Casas também chama atenção para a
reativação do Exército Mexicano coincidir com o congelamento das contas
bancárias de Enlace Civil e com a filtração aos meios de comunicação
dos
funcionários do BBV- Bancomer de uma possível "lavagem de dinheiro" nas
contas da organização. No momento, a página web da Frente Zapatista
está
fora do ar e, de acordo com os jornais locais, em San Cristóbal há
telefones "que estão sem funcionar". Diante dos fatos descritos, este
Centro de Direitos Humanos exige ao presidente Fox que cesse de
imediato o
movimento militar do Exército mexicano e retome as vias políticas, e
utilize os canais de informação pública e transparente para explicar a
investida do Exército. Pede ainda às partes em conflito o respeito
absoluto ao Direito Internacional Humanitário, particularmente a
proteção
da vida e da integridade física da população civil. Aos meios de
comunicação pedem que continuem a acompanhar de perto os acontecimentos
em
Chiapas nos próximos dias e evitem a especulação, atendo-se à
informação
vinda de fontes diretas. À sociedade civil nacional e internacional,
pede
que organizem iniciativas que apóiem a distensão e impeçam o avanço de
uma
escalada de violência.

URL::
http://www.adital.org.br/site/noticias/17325.asp?lang=PT&cod=17325

COMUNICADO DEL COMITÉ CLANDESTINO REVOLUCIONARIO INDÍGENA-

19 DE JUNIO DEL 2005

AL PUEBLO DE MÉXICO:
A LOS PUEBLOS DEL MUNDO:

HERMANOS Y HERMANAS:

A PARTIR DEL DÍA DE HOY, EL EJÉRCITO ZAPATISTA DE LIBERACIÓN NACIONAL HA DECRETADO, EN TODO EL TERRITORIO REBELDE, UNA


ALERTA ROJA GENERAL.


EN BASE A ESTO LES COMUNICAMOS:

PRIMERO.- QUE EN ESTOS MOMENTOS SE ESTÁ REALIZANDO EL CIERRE DE LOS CARACOLES Y LAS OFICINAS DE LAS JUNTAS DE BUEN GOBIERNO QUE SE ENCUENTRAN EN LAS COMUNIDADES ZAPATISTAS DE OVENTIK, LA REALIDAD, LA GARRUCHA, MORELIA Y ROBERTO BARRIOS, ASÍ COMO TODAS LAS SEDES DE LAS AUTORIDADES DE LOS DISTINTOS MUNICIPIOS AUTÓNOMOS REBELDES ZAPATISTAS.

SEGUNDO.- QUE TAMBIÉN SE ESTÁ PROCEDIENDO A LA EVACUACIÓN DE LOS MIEMBROS DE LAS DISTINTAS JUNTAS DE BUEN GOBIERNO Y DE LAS 'AUTORIDADES AUTÓNOMAS, PARA PONERLAS A RESGUARDO. AHORA Y POR UN TIEMPO INDEFINIDO REALIZARÁN SU LABOR EN FORMA CLANDESTINA Y TRASHUMANTE. TANTO LOS PROYECTOS COMO EL GOBIERNO AUTÓNOMO SE MANTENDRÁN TRABAJANDO, AUNQUE EN CONDICIONES DISTINTAS A LAS QUE HA HABIDO HASTA AHORA.

TERCERO.- QUE EN LOS DISTINTOS CARACOLES SE MANTENDRÁN FUNCIONANDO LOS SERVICIOS BÁSICOS DE SALUD COMUNITARIA. AL FRENTE DE ELLOS ESTÁN CIVILES, A QUIENES EL CCRI-CG DEL EZLN DESLINDA DE CUALESQUIERA DE SUS ACCIONES FUTURAS Y PARA QUIENES EXIGIMOS TRATO DE POBLACIÓN CIVIL Y RESPETO A SU VIDA, LIBERTAD Y BIENES POR PARTE DE LAS FUERZAS GUBERNAMENTALES.

CUARTO.- QUE HAN SIDO LLAMADOS A FILAS TODOS LOS ELEMENTOS DE NUESTRO EZLN QUE SE ENCONTRABAN HACIENDO LABOR SOCIAL EN LAS COMUNIDADES ZAPATISTAS Y QUE HAN SIDO ACUARTELADAS NUESTRAS TROPAS REGULARES. DE LA MISMA FORMA, SE HAN SUSPENDIDO POR UN TIEMPO INDEFINIDO TODAS LAS TRANSMISIONES DE RADIO INSURGENTE, "LA VOZ DE LOS SIN VOZ", EN FRECUENCIA MODULADA Y EN ONDA CORTA.

QUINTO.- QUE, DE MANERA SIMULTÁNEA A LA PUBLICACIÓN DE ESTE COMUNICADO, SE ESTÁ EXHORTANDO A LAS SOCIEDADES CIVILES NACIONALES E INTERNACIONALES QUE SE ENCUENTRAN EN TRABAJOS DE CAMPAMENTOS DE PAZ Y EN PROYECTOS EN COMUNIDADES, PARA QUE ABANDONEN TERRITORIO REBELDE O, SI ES SU DECISIÓN LIBRE Y VOLUNTARIA, PERMANEZCAN A SU CUENTA Y RIESGO CONCENTRADOS EN LOS LLAMADOS CARACOLES. EN EL CASO DE MENORES DE EDAD, LA SALIDA ES OBLIGATORIA.

SEXTO.- QUE EL EZLN ANUNCIA EL CIERRE DEL CENTRO DE INFORMACIÓN ZAPATISTA (CIZ) NO SIN ANTES AGRADECER A LAS SOCIEDADES CIVILES QUE PARTICIPARON EN ÉL, DESDE SU FORMACIÓN HASTA EL DÍA DE HOY. EL CCRJ-CG DEL EZLN DESLINDA FORMALMENTE A ESTAS PERSONAS DE CUALQUIER RESPONSABILIDAD EN LAS ACCIONES FUTURAS DEL EZLN.

SÉPTIMO.- QUE EL EZLN DESLINDA A TODAS LAS PERSONAS Y ORGANIZACIONES CIVILES. POLÍTICAS, CULTURALES, CIUDADANAS, NO GUBERNAMENTALES, COMITÉS DE SOLIDARIDAD Y GRUPOS DE APOYO QUE SE HAN ACERCADO A ÉL DESDE 1994, DE CUALESQUIERA DE NUESTRAS ACCIONES FUTURAS. AGRADECEMOS A TODOS Y TODAS QUIENES, CON SINCERIDAD Y HONESTIDAD, EN ESTOS CASI 12 AÑOS APOYARON LA LUCHA CIVIL Y PACÍFICA DE LOS INDÍGENAS ZAPATISTAS POR EL RECONOCIMIENTO CONSTITUCIONAL DE LOS DERECHOS Y LA CULTURA INDÍGENAS.


¡DEMOCRACIA!
¡LIBERTAD!
¡JUSTICIA!




Desde las Montañas del Sureste Mexicano.
Por el Comité Clandestino Revolucionario Indígena-Comandancia General del
Ejército Zapatista de Liberación Nacional.




Subcomandante Insurgente Marcos
México, en el mes sexto del año 2005